domingo, 25 de maio de 2008

Tunísia Parte 5 - Impressões Gerais




A Tunísia foi um país muito agradável de visitar, mesmo com o intuito de descansar. Boas acomodações, povo (em geral) simpático, comida normal, enfim, um local bom e barato para tirar uma semana e descansar. Voltar lá está nos meus planos, mas apenas para uma ida ao deserto profundo, com parada obrigatória na famosa Tatouine, onde foi filmada a casa de Luke Skywalker em Guerra nas Estrelas. Esse post também é o último deste blog na sua vertente de viagens. Passarei a falar de vários assuntos, relacionados com entretenimento, política, economia, tecnologias, experiências pessoais e, é claro, minhas viagens. A mudança deve-se ao fato de existirem muitas coisas interessantes a acontecerem todos os dias, e viagens só as faço (infelizmente) de vez em quando. Espero ganhar mais leitores e não perder os atuais, se os tiver!

domingo, 11 de maio de 2008

Tunísia Parte 4 - Cartago





Quando falamos em Cartago, não estamos a referirmo-nos à cidade-estado de origem fenícia que enfrentou roma nas três Guerras Púnicas, pois essa foi completamente arrasada por Cipião Emiliano, no final da 3ª Guerra. Mas os romanos construiram em um local próximo uma nova urbe que levou o nome da antiga rival. O que resta da Cartago romana é pouco demais para valer o alarido, principalmente se compararmos à maravilhosa Pompéia, que na época de sua desaparição era uma cidade muito menos importante que Cartago. O que vemos nas fotos acima são as termas mandadas construir pelo grande imperador Antonino. Não diria que foi uma grande decepção porque eu já sabia que havia pouco para ver, mas não esperava que fosse tão pouco. Mas mesmo assim valeu o passeio, pela contextualização de muita informação que eu tinha lido acercas dessas termas magníficas, capazes de abrigarem mais de 800 pessoas ao mesmo tempo!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Tunísia Parte 3 - Sidi Bou Said





A pequena vila de Sidi Bou Said (nome de um sufi tunisino) é uma belezura de se ver. Suas casas branca com janelas e portas azuis são tão Mediterrâneo que nem dá pra negar a influência dos refugiados andaluzes em sua gênese. A visita à casa museu de um famoso advogado que tinha lá sua casa de verão vale a pena, mas só passear em sua ruas já são um prazer. Acima alguns instântaneos dessa beleza azul e branca, pontuado com bunganvílias.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Tunísia Parte 2 - O Museu do Bardo





O Museu do Bardo reúne a maior coleção de mosaicos romanos do mundo, recolhidos das várias cidades romanas existentes na antiga província romana de Ifríquia (daí veio o nome África que denominaria todo o continente). São mosaicos impressionantes, tendo um deles cerca de 140 m2! Algumas estátuas como esta acima que estava em um túmulo, e representa o morto com os atributos de Hécules, também fazem parte do espólio. Vale dizer que o museu está localizado em um antigo palácio da realeza tunisina, notando-se bem o contraste dos sóbrios mosicos romanos com as alegorias típicas da cultura árabe.

domingo, 4 de maio de 2008

Tunísia Parte 2 - A Medina de Túnis





O nosso 2º dia começou cedo, às 7:20 da manhã já estávamos a caminho da capital. Nossa primeira parada foi na Medina, uma mistura de centro comercial, político e cultural das cidades mulçumanas. Infelismente, com a modernidade as medinas das grandes cidades turísticas são cada vez mais centros de turismo, onde encontram-se basicamente artigos com destinatários que pagam em euros ou dólares. Aliás o Euro é cada vez mais a moeda turística por excelência, pelo menos na Tunísia e no Egito. Muitos lugares destinados aos turistas já só tem o preço em euros, quando muito na moeda local e em euros. Apanhamos um dia particularmente movimentado na medina, em parte pela chegada de dois grandes navios de cruzeiro, que faziam escala em Túnis, cada um com mais de 1000 passageiros... Logo à entrada da Medina vemos um belo minarete de base retangular (foto abaixo). O trânsito em volta é caótico, pelo excesso de carros, falta de sinalização adequada e pela escassa largura das ruas. Em tempos idos, agrande maioria dos agentes culturais, políticos, religiosos e culturais vivia na própria medina, mas hoje só as pessoas que não tem outra possibilidade é que lá permanecem. Os ricos e/ou importantes mudaram-se para as zonas novas e nobres da cidade, onde podem usufruir de prazeres interditos aos seus antepassados, como jardins, varandas, automóveis ou mais recentemente shoppings centers. Há muitas casas enormes abandonadas por herdeiros que não tem tempo ou disposição para aproveita-las como pousadas, por exemplo. O nosso guia nos contou que a medina hoje é um local que atrai muitos turistas, e que o governo tinha planos para revitaliza-la com restaurantes, pousadas, centros culturais, etc. Mas tais planos esbarram sempre na pouca vontade (e visão) de herdeiros, em sua maioria ricos, que não querem por seus imóveis à venda e nem os rentabilizam. Enquanto nossos colegas de excursão eram explorados nos souks, eu e Jussiane passeavamos calmamente, pois sabíamos que com o movimento brutal de turistas, era um péssimo dia para comprar sequer uma lembrancinha. Compras ficarão para locais mais calmos e menos exploradores



Deixando o Egito um pouco de lado (mas não esquecendo-o), vou dar início ao relato da 2ª viagem do blog: Tunísia.
A viagem para a Tunísia foi decidida por critérios puramente econômicos, pois a promoção de uma semana de hotel, com 2 refeições diárias incluídas e avião por € 280,00/pessoa não se acha facilmente. Encontrei-a no melhor site para viagens em Portugal, o NetViagens, com o qual já fiz 3 viagens, todas muita baratas e sem nenhum problema. O preço normal deste pacote varia entre os € 360 e os € 450 para o hotel mais barato que encontrei, o Marina Palace. A viagem transcorreu bem, com exceção do atraso inicial à saída de Lisboa, devido a uma greve do pessoal da limpeza dos aviões. Como a viagem só durou duas horas e meia, não chegamos a notar se a limpeza estava boa ou não... A empresa Tunisair pareceu-me correta, mas alguns furos abaixo da sua congênere Egyptair, cuja qualidade é muito boa. O aeroporto de Túnis é um pouco menor que o de Lisboa, mas ao contrário deste tem as "mangas" de desembarque bem distribuídas. É uma vergonha um aeroporto de ligação internacional como o de Lisboa, submeter os passageiros ao desconforto de serem transportados em ônibus para o avião. É por essas e outras que o novo aeroporto de Lisboa é muito bem vindo. Voltando ao aeroporto de Túnis, devo dizer que causa muito boa impressão, com agentes de controle de passaportes suficientes, instalações limpas e amplas, parecendo um aeroporto pelo menos de 2º Mundo, bem diferente do de Natal, onde costumamos esperar horas ate sermos atendidos pelo único funcionário da Polícia Federal que controla os passaportes. A recolha da bagagem foi rápida, até porque a minha nova mala azul e vermelha chama logo a atenção. Aí veio a primeira chatice: a mala vinha com as duas pegas partidas, era literalmente uma mala sem alça! Reclamei prontamente à Tunisair, que rapidamente me deu um voucher para comprar outrar na minha volta a Lisboa. Que maravilha o atendimento tunisino. Logo à saída haviam funcionários das operadoras de turismo encaminhando o gado, digo os turistas, para seu curral, digo guichê. Lá fomos encaminhados para o ônibus que nos levou até o nosso hotel, localizado em Yasmine Hammamet, a cerca de 1 hora de auto-estrada (sim auto-estrada mesmo!) da capital. Tudo transcorreu bem, tanto a viagem quanto o check-in no hotel, mas quando fui desfazer a mala, um choque: esta não abria com nenhuma chave que eu tinha. Foi quando fui olhar na parte de trás da mesma o meu cartão pessoal, que fazia as vezes de identificação. Qual foi o meu choque quando li o nome de um tal sr. L. Barata! Eu tinha trocado a mala no aeroporto! Mas o que fazer? Liguei para o dono da mala quando vi que o mesmo era português, e lhe tranquilizei acerca de seua mala, além de prometer devolvêla intacta (ou pelo menos como estava quando a peguei) no dia seguinte. Logo no início da manhã o funcionário da operadora turística Sol Plan conseguiu-me um táxi que pela módica quantia de € 33,00 nos levou ao aeroporto ( 1 hora pra ir e outra pra voltar) onde pegamos a minha mala com alguma burocracia normal, fomos até o centro de Túnis onde estava hospedado o tal senhor, devolvemos a mala do coitado (ficou esperando por sua mala até a meia-noite!) e ainda demos uma volta pela cidade, na qual compramos frutas tunisinas (muito boas). Depois dessa aventura ainda tivemos tempo para curtir a piscina do hotel, do qual deixo umas fotos da fachada, hall de entrada e piscina.