terça-feira, 11 de outubro de 2011

Paris - Dia 0 - A Viagem

Finalmente chegou o dia! Acordamos às 6 da marina para poder pegar a estrada para Lisboa. 280 km e 2 horas e quinze minutos depois entrávamos no aeroporto de Lisboa. Com o check-in já feito eletronicamente, tivemos apenas que despachar a bagagem, coisa de 5 minutos. Muito bom esse sistema da Air France. Fica a dica para quem vai passar até uma semana fora e quer deixar o carro no Aeroporto de Lisboa: Vá à pagina web da ANA (www.ana.pt) e reserve um lugar no parque low cost. Tem o custo de apenas €5/dia, mais o custo do registro que é de €8. Para quem vai passar uma semana fora o custo será de cerca de €48, o que de tratando de Aeroporto, não é nada absurdo.
Relativamente ao voo propriamente dito nada de especial, no nível da TAP, mas sem almoço, só um lanchinho. A chegada em Paris foi tranquila, com a bagagem sendo rapidamente entregue. O Aeroporto é grande, o maior que qualquer outro em que estive, com exceção de Heathrow, em Londres. Mas a estação de trem é muito mal sinalizada, sem uma explicação clara nas máquinas de venda de bilhetes ou em cartazes, qual o bilhete correto para chegar a Paris e se esse bilhete ( que custa €9) serve para chegarmos de Metro ao nosso destino final em Paris. Com tudo isso sanado pegamos o RER ( uma espécie de trem de subúrbio) linha B3 até a Gare du Nord, onde encontramos um pandemónio! A estação estava cheia de policiais com fuzis, algumas zonas interditadas e pessoas chateadas por não poderem circular livremente nessa movimentadíssima estação. Não cheguei a descobrir a causa do problemas, mas suspeito de ameaça de terrorismo. Enfim chegamos à estação final da nossa jornada, Phillipe Auguste.
O apart-hotel Citéa Phillipe August fica a uns 130 metros da estação, não chegando a um minuto de caminhada. A recepcionista foi muito simpática, nos atendendo em um inglês muito fluente. Nos entregou o kit de limpeza para a cozinha e os códigos de acesso à Internet sem fios. O estúdio é pequeno, mas extremamente aconchegante, com tudo o que precisamos para passar uma temporada, com destaque para a funcional "kitchenette".
Ainda tivemos tempo nesse dia para fazermos umas compras no supermercado da rede Franprix que fica a 200 metros do apartamento. Fiquei impressionado com a quantidade de produtos de boa qualidade em um espaço que é corresponde à metade do tamanho do menor supermercado da Covilhã! Sem falar nos preços, que não são nada diferentes do praticados em Portugal. Depois de todo esse movimento nada melhor que uma boa noite de sono para recuperar forças para o primeiro dia de passeio.

sábado, 8 de outubro de 2011

Preparativo finais

Com a viagem marcada para sábado dia 8, os preparativos já se encontram na fase final. Com o deslocamento e a hospedagem arrumados, malas quase fechadas e roteiro estabelecido, praticamente só falta ir! Vou deixar  aqui algumas dicas para quem quiser preparar uma viagem e gostar de tecnologia:
1) Prepare um roteiro usando o Calendário do Google, pois além de ter tudo organizado, você terá acesso a ele através de qualquer dispositivo móvel ou desktop, o que ajuda quando lembramos que "aquele" passeio não pode ser feito naquele dia que imaginamos, pois o museu estará fechado. No meu caso, se não altero na hora o mais acerto é esquecer.
2) Se tiver acesso a smartphones e/ou tablets (em especial os da Apple) baixe alguma aplicações legais:
* RATP Pure : l'application officielle - Aplicação oficial do sistema de metrô de Paris. Permite progrmar percursos entre estações de metrô, ônibus e trem. Muito bom. É grátis.
* Paris: Guia de Viagem - Como o nome já diz, é uma guia da cidade. Sinceramente esperava mais deste aplicativo, mas é um quebra-galho. Não chega nem perto dos guias em papel Frommer's ou American Express. Os editores gabam-se que o gui foi escrito por moradores de Paris e não é constituído por informações retiradas da Wikipedia. Pois bem, as informações da Wikipedia são mais extensas e precisas! Custa barato (€ 2,99), mas fica no limite do que é considerada uma compra válida. Se não fosse pelo mapa e pela geolocalização dos pontos de interesse teria pedido o reembolso.
* Tradutor de Viagem - Como o nome diz é um tradutor que permite comunicar em 28 línguas. Excelente para aqueles que não pescam nada de farsi ou húngaro! Pode ser realmente útil quando não conseguimos encontrar a palavra certa. É relativamente caro (€ 7,99) mas tudo indica que compensa.
* Louvre Top 100 - É uma pequena aplicação com as 100 atrações mais famosas do Museu. Contém fotos e um pequeno resumo (em inglês) de cada uma. Só poderei dizer se vale a pena na próxima quarta-feira, dia em que iremos ao Louvre!
* My Airport - Uma aplicação bem legal dos Aeroportos de Paris, que informa horário de vôos, acesso aos aeroportos, informações práticas, etc. É outra que só testando é que saberei se funciona.
De qualquer forma essa aplicações se juntam a outras já existentes nos meus iPhone e iPad. Esta será a minha primeira viagem com a dupla e será uma prova de fogo. Será também a primeira vez que não levo um notebook para acessar a Internet, baixar fotos e assistir filmes e séries. Tudo isso será feito através do iPad. Vamos ver como corre.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Planejando o roteiro

Com 8 dias para passear em Paris, não poderemos nos queixar de falta de tempo para ver muita coisa. Eu não gosto do termo "conhecer" aplicado a uma cidade. Você nunca conhece realmente nem a cidade que mora, imagine uma que vai ficar 8 dias. Assim eu uso o termo passear, pois define melhor o que fazemos em uma cidade em tão pouco tempo. Seguindo essa vertente filosófica, eu não escolho as atrações a visitar pelo o que é "obrigatório" e sim por aquilo que me interessa. O problema é que muita coisa me interessa! Vamos por partes: Adoro história, portanto vou ver o máximo de monumentos onde a fatos históricos aconteceram, assim Versailles está no topo da lista, assim como o Hôtel des Invalides (vou tentear usar ao máximo versões originais dos nomes) onde enterrado Napoleão Bonaparte ou o cemitério do Père-Lachaise, onde estão enterrados muitas personalidades, como Charles Chaplin, Jim Morrison, Edit Piaf e tantos outros. Também sou apreciador de arte, logos os museus do Louvre (Leonardo, Donatello, Rafael, etc.), Orsay (Degas, Cézanne, Van Gogh, etc.) e Centro Georges Pompidou (Dalí, Kadinski, Munch, etc.) estão no topo também. Confesso que a Torre Eiffel Me atrai como monumento, mas nem tanto como visita, portanto há um "talvez" no que toca visita-la. Há também uma incógnita acerca da Disneyland Paris. Valerá a pena? Vamos decidir depois, mas está reservado um dia para ela. Tentei dividir as visitas por região, tentando andar ao máximo a pé, pois creio ser a melhor maneira de realmente "sentir" a cidade. O roteiro completo já está delineado, mas vou revela-lo a medida que formos cumprindo-o.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Viagem a Paris - Decidir a logística (Parte 2)


Continuando o planejamento da logística, vamos para o passo nº 3, ou seja:
Meio de transporte: Embora a distância entre Covilhã e Paris (1478 km) seja um pouco maior que a distância entre Natal e Ilhéus-BA (1417 km) e as estradas não possam ser comparadas, nem cogitamos ir de carro, pois o interesse é ver Paris e não fazer uma viagem à França. Um roteiro de carro demanda mais tempo e (incrivelmente) é mais caro! Um carro em estacionamento em Paris pode custar facilmente € 15 por noite, o que daria € 120 pelas 8 noites. Sem falar em combustível (€ 200 ida e volta) e portagens/pedágios (€ 160 ida e volta) e um hotel baratinho no caminho, pois não sou maluco de dirigir 14 horas seguidas sem dormir! (pelo menos mais € 120 contando ida e volta). Tudo isso levaria o custo do deslocamento a € 600. A isso temos que adicionar o fato de perdermos 2 dias em Paris, ou termos que tirar mais dois dias de trabalho, o que implicaria em menos tempo para ver as atrações ou mais custos. Dessa forma o avião foi o meio escolhido.
Só falta escolher a companhia... Como é óbvio procuramos em sites como o e-Dreams, Netviagens, Logitravel e descobrimos que a Easy Jet é a companhia mais barata a voar entre Lisboa e Paris. Mas há gato escondido nessa história! O preço é sem bagagem de porão. Portanto se acrescentarmos uma mala para cada pessoa, o preço fica superior ao da segunda colocada, a Air France (que já inclui a franquia deuma mala de 23 kg no preço). Assim sendo bye Easy Jet e Allez Air France!
Confesso que tenho um pé atrás com a companhia de bandeira francesa, pois nos últimos anos foi a única major europeia a perder aviões em acidentes (será por isso que é mais barata?), mas vou dar um voto de confiança. Se esse blog terminar abruptamente, a culpa foi da Air France.
Ah! Eu falei acima que procuramos nos sites de viagens, mas acabamos por fazer a reserva no site da Air France mesmo, pois era um pouco mais barato, visto que não precisam pagar comissão à agência virtual. Então o truque é procurar nos sites de viagens, mas uma vez escolhida a companhia, reserva no site desta.
Por último, onde ficar? Por experiências anteriores nós temos uma predileção por apart-hotéis, pois além de darem um ar mais de "casa" (e mais conforto também), permitem economizar em refeições em restaurantes, pois vêm equipados com uma pequena cozinha. Se adicionarmos isso a uma estada mais prolongada, temos uma escolha pronta. Vamos em busca de um apart BBB (bom, bonito e barato). Para isso recorremos ao utilíssimo Booking.com. Onde encontramos um apart-hotel com boa cotação dos utilizadores (7.9) e dentro do nosso orçamento, o Citéa Paris Philippe Auguste. Mas aqui também houve surpresa, e das grandes. Normalmente confio que o Booking.com tem os melhores preços, às vezes mais baixos que os do site do hotel, mas ao fazer uma visita ao site do Citéa Paris Philippe Auguste, verifiquei que eles têm uma tarifa mais baixa (10 % de desconto) para estadias acima de 7 dias, o que é o nosso caso. E a diferença era de € 88 (quase paga a nossa entrada na Disneyland Paris!). Imediatamente fiz uma reserva no site do hotel, que ainda tinha vagas (ao contrário do site do Booking que dizia que o hotel estava esgotado). A discrepância de vagas é aceitável, pois o hotel não fornece todos os quartos para sites ou agências, mas a difernça de preços foi um duro golpe à minha no Bookig.com. Quando a reserva mais barata foi confirmada, cancelei a do Booking.com (explicando a razão), sem custos de cancelamento.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Viagem a Paris - Decidir a logística (Parte 1)

Escolhido o destino (passo principal!) é preciso decidir período da viagem, tempo de estada, meio de transporte e modo de alojamento, ous seja a logística inicial. Vamos por partes:
Período da viagem: Os melhores meses para se viajar na Europa são Maio e Outubro, que são os meses imediatamente antes e depois do Verão, respectivamente. As razões são muitas: Já (ou ainda) não há a "enchente" de turistas de Verão, portanto é um pouco mais tranquilo ir a museus, monumentos, restaurantes, etc. No verão os europeus vão de férias, portanto você não vai ver a vida normal da cidade, e sim hordas de turistas. A maioria dos teatros, óperas, casas de espetáculos e congêneres não funcionam no Verão, portanto desista de ver Rigolleto na Opera de Viena em Agosto! Por último, mas não menos importante, os preços de alojamento e passagens sofrem uma pequena queda, em virtude da menor procura nesses meses. Dito isso, fica claro que Outubro foi o mês escolhido, pois não iria planejar agora uma viagem para Maio de 2012!.
Tempo de estada: Paris, Roma e Londres formam a tríade de cidades em que uma semana é o tempo mínimo para se poder ver um pouco do que a cidade tem para oferecer. Essa conversa de que você consegue conhecer os pontos básicos dessas cidades em um tour de 1 ou 2 dias é balela. Vá por mim, se você tirar menos que uma semana para essas cidades verá apenas flashs. A não ser que umas fotografias externas do Coliseu e uma filmagem da troca da guarda no Palácio de Buckingham para mostrar aos amigos seja o seu conceito de turismo. Outras cidades europeias precisam de menos dias, por exemplo: são de bom tamanho 5 dias para Madrid, 4 para Barcelona e Lisboa, 3 para Praga e Viena, etc. Para não ficar nada por ver escolhemos estar 9 dias/8 noites em Paris.

Viagem a Paris

Depois de 15 anos a viver em Portugal, finalmente decidimos visitar a Cidade Luz. Não houve uma razão objetiva para não ter ido antes, simplesmente não "calhou"(como se diz aqui). Vou aqui no blog descrever os preparativos, os percursos e as lições desta viagem. Vou usar intensivamente os recursos tecnológicos disponíveis para planejar e auxiliar esta viagem. Da reserva pela internet ao guia no iPad, essa será certamente uma viagem digital. Se for útil a algum viageiro geek já terá valido a pena.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Nova Viagem: Praga

Estou partindo para uma nova aventura. Dessa vez é a cidade de Ouro. Praga já era um desejo antigo, mas um voo barato da Sky Europe veio precipitar a ida. Temos reserva nos Apartamentos Andel. A cotação do apart no Booking. com é muito boa, vamos ver se corresponde. Tenho um roteiro básico planejado. No hotel há Internet, portanto deve ser possível escrever todos os dias. Vou contando aos poucos as aventuras que passaremss.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Dicas de Viagens 01 - Onde ficar

Mais um interregno (dessa vez de 3 meses) e cá estou eu de volta ao blog. Vou inaugurar uma série de posts acerca de umas experiências de viagens que podem servir para ajudar novos viajantes.
Antes de tudo é preciso dinheiro para viajar, infelizmente... Mas como gasta-lo pode ser um exercício desesperante. Ainda não sou um grande viajante, mas já fui a algumas cidades européias interessantes para conhecer. Aí vão algumas dicas de hospedagem:
Lisboa: Pode-se poupar muito no alojamento, que fica na faixa dos 40-50 euros (depende da altura do ano), em residenciais, com o café da manhã incluído. Indico uma bem simples, mas muito limpinha próxima ao Centro Comercial Amoreiras, a Pensão Dinastia. Atendimento simpático, café da manhã (pequeno-almoço é como se diz por aqui) muito bom, quarto antigos, mas agradáveis e próximo ao metrô são as mais valias desta pensão. Para quem tem carro há um estacionamento gratuito. Muito boa opção.
Barcelona: É uma cidade cara, e o alojamento não foge à regra. Fiquei em um apart-hotel chamado Apartamientos Gutemberg. Próximo às ramblas, café da manhã razoável e uma mini-cozinha, são os principais argumentos desta unidade hoteleira. O preço foi razoável para a localização (cerca de € 90,00 por noite). O pessoal é profissional, mas não espere simpatia. Isso inexiste para estrangeiros (incluindo aí outros espanhóis) na Catalunha...

Roma: Alojamento em Roma também não é propriamente barato, mas encontram-se hotéis confortáveis na periferia da cidade. Fiquei no Express By Holiday Inn East Rome (existem 4 hotéis dessa cadeia na cidade). O hotel era 3 estrelas, mas com ótimo café da manhã, quartos muito espaçosos, banheiro excelente. Há também um micro-ônibus do próprio hotel que nos leva até a estação Ponte Mammolo do metrô. Preço: € 90,00/noite. Depois de um dia longo de passeio pelas inúmeras atrações da cidade eterna o conforto deste hotel vinha mesmo a calhar.

Londres: O melhor alojamento em Londres (para mim) é Anderson's Home. Pequena, mas confortável, não tem café da manhã, nem mordomia. Como deu pra perceber, Anderson é um primo meu que mora em Londres e me hospeda quando lá vou. Mas antes de ter essa opção super econômica costumava ficar num simpático bed and breakfast chamado Millards Hotel, em Paddington. muito próximo à estação que liga Londres ao aeroporto pelo trem rápido (Heathrow Express). Atendimento muito simpático, café da manhã descomunal, quarto (pequeno) com todo o equipamento para chá e café e aquecimento fortíssimo no inverno. Já lá fui há muitos anos, mas sei que hoje em dia os preços ficam em torno de £ 100 (cerca de € 130), o que não é de todo mau, para Londres.

domingo, 25 de maio de 2008

Tunísia Parte 5 - Impressões Gerais




A Tunísia foi um país muito agradável de visitar, mesmo com o intuito de descansar. Boas acomodações, povo (em geral) simpático, comida normal, enfim, um local bom e barato para tirar uma semana e descansar. Voltar lá está nos meus planos, mas apenas para uma ida ao deserto profundo, com parada obrigatória na famosa Tatouine, onde foi filmada a casa de Luke Skywalker em Guerra nas Estrelas. Esse post também é o último deste blog na sua vertente de viagens. Passarei a falar de vários assuntos, relacionados com entretenimento, política, economia, tecnologias, experiências pessoais e, é claro, minhas viagens. A mudança deve-se ao fato de existirem muitas coisas interessantes a acontecerem todos os dias, e viagens só as faço (infelizmente) de vez em quando. Espero ganhar mais leitores e não perder os atuais, se os tiver!

domingo, 11 de maio de 2008

Tunísia Parte 4 - Cartago





Quando falamos em Cartago, não estamos a referirmo-nos à cidade-estado de origem fenícia que enfrentou roma nas três Guerras Púnicas, pois essa foi completamente arrasada por Cipião Emiliano, no final da 3ª Guerra. Mas os romanos construiram em um local próximo uma nova urbe que levou o nome da antiga rival. O que resta da Cartago romana é pouco demais para valer o alarido, principalmente se compararmos à maravilhosa Pompéia, que na época de sua desaparição era uma cidade muito menos importante que Cartago. O que vemos nas fotos acima são as termas mandadas construir pelo grande imperador Antonino. Não diria que foi uma grande decepção porque eu já sabia que havia pouco para ver, mas não esperava que fosse tão pouco. Mas mesmo assim valeu o passeio, pela contextualização de muita informação que eu tinha lido acercas dessas termas magníficas, capazes de abrigarem mais de 800 pessoas ao mesmo tempo!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Tunísia Parte 3 - Sidi Bou Said





A pequena vila de Sidi Bou Said (nome de um sufi tunisino) é uma belezura de se ver. Suas casas branca com janelas e portas azuis são tão Mediterrâneo que nem dá pra negar a influência dos refugiados andaluzes em sua gênese. A visita à casa museu de um famoso advogado que tinha lá sua casa de verão vale a pena, mas só passear em sua ruas já são um prazer. Acima alguns instântaneos dessa beleza azul e branca, pontuado com bunganvílias.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Tunísia Parte 2 - O Museu do Bardo





O Museu do Bardo reúne a maior coleção de mosaicos romanos do mundo, recolhidos das várias cidades romanas existentes na antiga província romana de Ifríquia (daí veio o nome África que denominaria todo o continente). São mosaicos impressionantes, tendo um deles cerca de 140 m2! Algumas estátuas como esta acima que estava em um túmulo, e representa o morto com os atributos de Hécules, também fazem parte do espólio. Vale dizer que o museu está localizado em um antigo palácio da realeza tunisina, notando-se bem o contraste dos sóbrios mosicos romanos com as alegorias típicas da cultura árabe.

domingo, 4 de maio de 2008

Tunísia Parte 2 - A Medina de Túnis





O nosso 2º dia começou cedo, às 7:20 da manhã já estávamos a caminho da capital. Nossa primeira parada foi na Medina, uma mistura de centro comercial, político e cultural das cidades mulçumanas. Infelismente, com a modernidade as medinas das grandes cidades turísticas são cada vez mais centros de turismo, onde encontram-se basicamente artigos com destinatários que pagam em euros ou dólares. Aliás o Euro é cada vez mais a moeda turística por excelência, pelo menos na Tunísia e no Egito. Muitos lugares destinados aos turistas já só tem o preço em euros, quando muito na moeda local e em euros. Apanhamos um dia particularmente movimentado na medina, em parte pela chegada de dois grandes navios de cruzeiro, que faziam escala em Túnis, cada um com mais de 1000 passageiros... Logo à entrada da Medina vemos um belo minarete de base retangular (foto abaixo). O trânsito em volta é caótico, pelo excesso de carros, falta de sinalização adequada e pela escassa largura das ruas. Em tempos idos, agrande maioria dos agentes culturais, políticos, religiosos e culturais vivia na própria medina, mas hoje só as pessoas que não tem outra possibilidade é que lá permanecem. Os ricos e/ou importantes mudaram-se para as zonas novas e nobres da cidade, onde podem usufruir de prazeres interditos aos seus antepassados, como jardins, varandas, automóveis ou mais recentemente shoppings centers. Há muitas casas enormes abandonadas por herdeiros que não tem tempo ou disposição para aproveita-las como pousadas, por exemplo. O nosso guia nos contou que a medina hoje é um local que atrai muitos turistas, e que o governo tinha planos para revitaliza-la com restaurantes, pousadas, centros culturais, etc. Mas tais planos esbarram sempre na pouca vontade (e visão) de herdeiros, em sua maioria ricos, que não querem por seus imóveis à venda e nem os rentabilizam. Enquanto nossos colegas de excursão eram explorados nos souks, eu e Jussiane passeavamos calmamente, pois sabíamos que com o movimento brutal de turistas, era um péssimo dia para comprar sequer uma lembrancinha. Compras ficarão para locais mais calmos e menos exploradores



Deixando o Egito um pouco de lado (mas não esquecendo-o), vou dar início ao relato da 2ª viagem do blog: Tunísia.
A viagem para a Tunísia foi decidida por critérios puramente econômicos, pois a promoção de uma semana de hotel, com 2 refeições diárias incluídas e avião por € 280,00/pessoa não se acha facilmente. Encontrei-a no melhor site para viagens em Portugal, o NetViagens, com o qual já fiz 3 viagens, todas muita baratas e sem nenhum problema. O preço normal deste pacote varia entre os € 360 e os € 450 para o hotel mais barato que encontrei, o Marina Palace. A viagem transcorreu bem, com exceção do atraso inicial à saída de Lisboa, devido a uma greve do pessoal da limpeza dos aviões. Como a viagem só durou duas horas e meia, não chegamos a notar se a limpeza estava boa ou não... A empresa Tunisair pareceu-me correta, mas alguns furos abaixo da sua congênere Egyptair, cuja qualidade é muito boa. O aeroporto de Túnis é um pouco menor que o de Lisboa, mas ao contrário deste tem as "mangas" de desembarque bem distribuídas. É uma vergonha um aeroporto de ligação internacional como o de Lisboa, submeter os passageiros ao desconforto de serem transportados em ônibus para o avião. É por essas e outras que o novo aeroporto de Lisboa é muito bem vindo. Voltando ao aeroporto de Túnis, devo dizer que causa muito boa impressão, com agentes de controle de passaportes suficientes, instalações limpas e amplas, parecendo um aeroporto pelo menos de 2º Mundo, bem diferente do de Natal, onde costumamos esperar horas ate sermos atendidos pelo único funcionário da Polícia Federal que controla os passaportes. A recolha da bagagem foi rápida, até porque a minha nova mala azul e vermelha chama logo a atenção. Aí veio a primeira chatice: a mala vinha com as duas pegas partidas, era literalmente uma mala sem alça! Reclamei prontamente à Tunisair, que rapidamente me deu um voucher para comprar outrar na minha volta a Lisboa. Que maravilha o atendimento tunisino. Logo à saída haviam funcionários das operadoras de turismo encaminhando o gado, digo os turistas, para seu curral, digo guichê. Lá fomos encaminhados para o ônibus que nos levou até o nosso hotel, localizado em Yasmine Hammamet, a cerca de 1 hora de auto-estrada (sim auto-estrada mesmo!) da capital. Tudo transcorreu bem, tanto a viagem quanto o check-in no hotel, mas quando fui desfazer a mala, um choque: esta não abria com nenhuma chave que eu tinha. Foi quando fui olhar na parte de trás da mesma o meu cartão pessoal, que fazia as vezes de identificação. Qual foi o meu choque quando li o nome de um tal sr. L. Barata! Eu tinha trocado a mala no aeroporto! Mas o que fazer? Liguei para o dono da mala quando vi que o mesmo era português, e lhe tranquilizei acerca de seua mala, além de prometer devolvêla intacta (ou pelo menos como estava quando a peguei) no dia seguinte. Logo no início da manhã o funcionário da operadora turística Sol Plan conseguiu-me um táxi que pela módica quantia de € 33,00 nos levou ao aeroporto ( 1 hora pra ir e outra pra voltar) onde pegamos a minha mala com alguma burocracia normal, fomos até o centro de Túnis onde estava hospedado o tal senhor, devolvemos a mala do coitado (ficou esperando por sua mala até a meia-noite!) e ainda demos uma volta pela cidade, na qual compramos frutas tunisinas (muito boas). Depois dessa aventura ainda tivemos tempo para curtir a piscina do hotel, do qual deixo umas fotos da fachada, hall de entrada e piscina.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Colossos de Memnon

São interesantes esses gigantes, que originalmente marcavam a entrada do templo em honra de Amen-hotep III (ou Amenófis III). Estas duas estátuas eram entendidas como guardiãs do templo funerário do faráo. Hoje em dia são só o que resta do monumento. Um sismo ocorrido em 27 a.C., abriu uma fenda no colosso norte. A partir de então todas as manhãs ocorria no local um fenómeno estranho, segundo o qual a estátua "cantaria". O que realmente acontecia era que a acumulação de umidade durante a noite evaporava com o surgimento dos primeiros raios do sol, emitindo um som. Os gregos associaram a estátua norte ao herói Memnon, filho da deusa Eos (a aurora). De acordo com a lenda este herói, recebeu a imortalidade de Zeus, dedicando-se a chamar pela sua mãe todas as manhãs. Em 199 d.C o imperador romano Septímio Severo mandou restaurar a estátua, que a partir de então parou de cantar...

quarta-feira, 19 de março de 2008

Uma foto esquecida!

Estava esquecendo essa foto bem legal que bati no nosso primeiro por do sol no Rio Nilo.

Vale dos Reis

Pense numa visita altamente mais ou menos! Não deu pra entrar nas tumbas de Seti I (pai de Ramsés II), nem do próprio Ramsés, nem de seus filhos... Na de Tuthankamon só chegamos até se vê na foto. Das tumbas que conseguimos ver, e foi mesmo interessante foi a de Ramsés III. Era bem grande e com muitas pinturas bonitas. De resto essa foi uma visita sem muito o que contar.

Retornando



Ando meio desligado do blog, mas prometo ser mais presente a partir de agora. Vou tentar terminar o relato da viagem para o Egito antes de começar o da próxima: Tunísia, no final de Abril. Falando das coisas mais marcantes do cruzeiro no Nilo, vou apenas sublinhar experiências pessoais, sem entrar em detalhes da história egípcia ou dos lugares visitados, para isso leiam sobre o Egito e viajem até lá! Pra começar uma foto do fantástico monumento mortuário da rainha Hatsepsut, a grande rainha que travestida de homem governou o Egito. O mais impressionante neste monumento é sua integração à parede rochosa por trás do mesmo. A idéia era que a escarpa funcionasse como uma extensão do templo. Uma curiosidade: Na sala apresentada na foto acima ocorreu o massacre de 67 turistas europeus em 1997. Coincidência ou não, é a sala de Anúbis, o deus da morte e dos moribundos...

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

De volta à escrita


Depois de um interregno por falta absoluta de tempo, volto com mais histórias do Egito. Para não maçar muito não vou descrever tudo ao pormenor, mas sim assinalar os pontos mais curiosos e interessantes. Tinha ficado na chegada a Luxor. Passamos o 1º dia no barco de cruzeiro só descansando. Como se vê nessa foto acima. O barco era bastante razoável, semelhante aos seus 350 companheiros de idas e vindas no Nilo. O mais interessante é que, por falta de espaço nos atracadouros os barcos posicionavam-se lado a lado, com os passageiros entrando e saindo através do hall dos barcos. Uma solução estranha, mas eficaz. A noite começamos a conhecer nossos 22 companheiros de excursão, vindos da Espanha. O guia nos orientou a dormir cedo, pois nossa labuta começava as 6 da matina, portanto seríamos acordados as 5:00!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

O melhor e o pior no Cairo









O melhor do passeio no Cairo


1º) As Piramides e a Esfinge

2º) O tesouro de Tutankhamon

3º) As múmias reais (principalmente a de Ramsés II)

4º) A Mesquita de Alabastro (na cidadela de Saladino)

5º) A Igreja de São Sérgio (construída, alegadamente, onde a Sagrada Família ficou durante a fuga para o Egito)


O pior do passeio no Cairo


1º) A distância entre o aeroporto e o hotel

2º) O preço do visto (€ 20 por pessoa a mais do cobrado aos visitantes sem pacote) e da visita opcional (€ 65 por pessoa)

3º) O voo para Luxor às 5 da manhã...

4º) NADA

5º) NADICA DE NADA


sábado, 15 de dezembro de 2007

As pirâmides




Agora já devidamente alimentado e com o risco de abandono afastado, retorno à escrita, muito embora não saiba quando poderei postar esta nota, visto que o ciberespaço do hotel já fechou. Na postagem anterior esqueci-me de falar sobre a nossa guia neste 1º dia, a Manal. Licenciada em Letras, estudou castelhano e inglês na universidade. Com 29 anos e ainda solteira é uma anomalia na conservadora sociedade egípcia, com seus casamentos arranjados. Com idéias bem avançadas, nos pareceu muito culta e moderna, conquanto mantinha a indumentária e a fé religiosa típicas do islã. Sua contribuição às visitas foi muito interessante, pois nos informava de uma perspectiva crítica pouco esperada em guias, que costumam despejar informações decoradas como gravações. Corrigida a falha, posso falar das pirâmides propriamente ditas: a de Queops é a maior, a mais visitada e mais famosa. Resolvemos não visita-la, como já disse, então falarei da de Quefren, que está mais conservada, inclusive com parte do revestimento calcário do topo. Lá dentro não existem quaisquer inscrições ou pinturas,a não ser uma mensagem deixada pelo arqueólogo italiano que encontrou a câmara principal da mesma. Aqui temos algumas fotos que fiz para registrar o momento.

domingo, 9 de dezembro de 2007

1º Dia



Hoje acordamos as 7 para comecar o dia bem cedo. O cafe da manha foi bem correto, como em geral o Hotel Husa se encontra. Para os padroes europeus, este hotel seria no maximo 3 estrelas. Mas nao temos razoes de queixas. Uma coisa engracada e que ontem houve um casamento (ou uma recepcao pos-casamento, nao deu pra ter certeza) no hotel. Tudo muito animado e barulhento, mas organizado. Acho que era um casamento cristao copta pela presenca de um padre (?) todo vestido de preto e com uma longa barba de cristao ortodoxo (que e diferente de copta). Mas, voltando ao dia de hoje, digo uma coisa: os egipcios sao mesmo pontuais, pois o guia estava a hora marcada (8 horas) para partimos em direcao as piramides. A chegada ao planalto de Gize e impressionante. Embora as piramides sejam menores do que pensavamos ainda assim sao impressionantes. Fizemos as fotos e videos habituais (assim que conseguir ligar a camera a um computador incluo umas fotos) e entramos na piramide de Quefren ( a 2a. maior) por ser mais rapida a visita, por ter menos gente e por se pagar apenas 3 euros contra os 12,50 da Piramide de seu pai Queops. E uma visita que se faz por desencargo de consciencia, pois pelo menos podemos dizer que entramos numa piramide, mas tambem para constatar que uma visita sem graca nenhuma. Senti uma grande emocao em estar no meio daquelas obras tao antigas e monumentais. Talvez so o Coliseu de Roma tenha sido mais arrebatador para nos (mas sou um romafilo, portanto suspeito). A visita a Esfinge tambem foi muito impressionante, mas da pra notar que grande parte da mesma e reconstruida, o que tira um pouco de autenticidade. Vou falar mais sobre essa visita a Gize, mas preciso ir jantar ou arrisco-me a divorcio em pleno Egito! (Ja posto o resto do dia, quando encontrar um computador decente). PS: Estou escrevendo sem acentuacao pelo fato do computador ser em arabe!

Finalmente, Egito!

Finalmente chegou o grande dia! Acordamos as 5 da matina para pegar o avião as 8:30; o que nem adiantou pois o mesmo só saiu as 9:30… O atraso deveu-se a Cimeira (Cúpula) União Europeia-África, que decorre em Lisboa neste fim de semana. O vai e vem de chefes de estado e de governo chegando a cidade era brutal. Mesmo antes de embarcar, vimos o avião do presidente do Egito chegando a Lisboa, o que não deixou de ser irónico. O voo surpreendeu pela positiva, pois a companhia egípcia, a Egyptair, e muito boa mesmo. Os funcionários foram atenciosos e simpáticos, a comida era boa e o avião era novo. Na chegada ao Egito havia um funcionário da operadora turística, que prontamente nos deu o visto (pago a 34 euros, quando custam 13 se comprados independentemente...) e nos orientou acerca dos trâmites. Conhecemos os nossos únicos companheiros de viagem, um casal português muito simpático, que fará o mesmo roteiro, mas com padrão 5 estrelas, enquanto o nosso e de 4. O transfere para o hotel foi um verdadeiro martírio para quem já estava de pé desde as 5 da madrugada. Gastamos mais de 1 hora para chegar ao hotel. o nosso guia foi inicialmente muito atencioso, mas decresceu um pouco o entusiasmo quando dissemos que não faríamos o percurso noturno por ele sugerido (não incluído no nosso pacote e com o custo de 45 euros por pessoa). De qualquer forma não temos queixas, por enquanto. Por outro lado contratamos um passeio em que se incluíam uma visita a cidadela de Saladino, ao bairro copta e ao Museu Egípcio do Cairo (mais 65 euros por pessoa). Este passeio junta-se ao das Pirâmides e Esfinge, já incluídos no programa. Ao chegar ao hotel demos graças a Deus (ou a Ala, como estamos num pais islâmico). Eu ainda tentei aceder a net através da rede wifi do hotel, mas para tal precisava comprar um cartão especial (3,75 euros) que me dava um username e password, mas o funcionário encarregado já tinha fechado o Internet corner, portanto, estou redigindo esta postagem no meu N80 velho de guerra e só amanha ponho no blog.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Preparativos

Os preparativos para a viagem vão de vento em popa. Já visualizamos algumas dezenas de páginas web acerca do Egito. Como é de praxe adquiri o guia do Egito da American Express. Na minha opinião são os melhores guias de viagens pra quem já sabe onde ficar e comer no destino. Para quem quer planejar a viagem com um guia, acho que o Frommer's é melhor. Voltando ao guia da AE, vale mesmo a pena. O danando tem todas as informações relevantes acerca do destino. Já utilizei os de Roma e Barcelona e não me arrependi do € gastos na compra. Como vamos em excursão (o q não me agrada, mas não dá pra arriscar) não me preocupei mto com roteiros, e sim com informações acerca de como tornar a viagem menos "turística" e massificada. Algumas visitas não incluídas na excursão poderão ser interessantes, como o inevitável Museu Egípcio do Cairo, para ver principalmente Ramsés II e eventualmente Tutankamon. Mas só lá saberemos.


terça-feira, 4 de dezembro de 2007

1ª Viagem!

Bem vindo ao meu blog de viagens! Espero que este seja a primeira de muitas postagens de viagens. A idéia é registrar in loco as sensações, aventuras e percalços de minhas incursões fora de casa. A viagem inaugural do blog é para o Egito (sim, vou usar a nova grafia lusófona, amigos portugueses). Vou dar algumas pinceladas acerca da preparação para a viagem, mas espero que o grosso sejam de postagens já na terra dos faraós. Espero encontrar algum local com rede sem fios para fazê-lo... Bom, por agora é tudo, mas em breve espero apresentar mais novidades.