domingo, 4 de maio de 2008

Tunísia Parte 2 - A Medina de Túnis





O nosso 2º dia começou cedo, às 7:20 da manhã já estávamos a caminho da capital. Nossa primeira parada foi na Medina, uma mistura de centro comercial, político e cultural das cidades mulçumanas. Infelismente, com a modernidade as medinas das grandes cidades turísticas são cada vez mais centros de turismo, onde encontram-se basicamente artigos com destinatários que pagam em euros ou dólares. Aliás o Euro é cada vez mais a moeda turística por excelência, pelo menos na Tunísia e no Egito. Muitos lugares destinados aos turistas já só tem o preço em euros, quando muito na moeda local e em euros. Apanhamos um dia particularmente movimentado na medina, em parte pela chegada de dois grandes navios de cruzeiro, que faziam escala em Túnis, cada um com mais de 1000 passageiros... Logo à entrada da Medina vemos um belo minarete de base retangular (foto abaixo). O trânsito em volta é caótico, pelo excesso de carros, falta de sinalização adequada e pela escassa largura das ruas. Em tempos idos, agrande maioria dos agentes culturais, políticos, religiosos e culturais vivia na própria medina, mas hoje só as pessoas que não tem outra possibilidade é que lá permanecem. Os ricos e/ou importantes mudaram-se para as zonas novas e nobres da cidade, onde podem usufruir de prazeres interditos aos seus antepassados, como jardins, varandas, automóveis ou mais recentemente shoppings centers. Há muitas casas enormes abandonadas por herdeiros que não tem tempo ou disposição para aproveita-las como pousadas, por exemplo. O nosso guia nos contou que a medina hoje é um local que atrai muitos turistas, e que o governo tinha planos para revitaliza-la com restaurantes, pousadas, centros culturais, etc. Mas tais planos esbarram sempre na pouca vontade (e visão) de herdeiros, em sua maioria ricos, que não querem por seus imóveis à venda e nem os rentabilizam. Enquanto nossos colegas de excursão eram explorados nos souks, eu e Jussiane passeavamos calmamente, pois sabíamos que com o movimento brutal de turistas, era um péssimo dia para comprar sequer uma lembrancinha. Compras ficarão para locais mais calmos e menos exploradores

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