terça-feira, 11 de outubro de 2011

Paris - Dia 0 - A Viagem

Finalmente chegou o dia! Acordamos às 6 da marina para poder pegar a estrada para Lisboa. 280 km e 2 horas e quinze minutos depois entrávamos no aeroporto de Lisboa. Com o check-in já feito eletronicamente, tivemos apenas que despachar a bagagem, coisa de 5 minutos. Muito bom esse sistema da Air France. Fica a dica para quem vai passar até uma semana fora e quer deixar o carro no Aeroporto de Lisboa: Vá à pagina web da ANA (www.ana.pt) e reserve um lugar no parque low cost. Tem o custo de apenas €5/dia, mais o custo do registro que é de €8. Para quem vai passar uma semana fora o custo será de cerca de €48, o que de tratando de Aeroporto, não é nada absurdo.
Relativamente ao voo propriamente dito nada de especial, no nível da TAP, mas sem almoço, só um lanchinho. A chegada em Paris foi tranquila, com a bagagem sendo rapidamente entregue. O Aeroporto é grande, o maior que qualquer outro em que estive, com exceção de Heathrow, em Londres. Mas a estação de trem é muito mal sinalizada, sem uma explicação clara nas máquinas de venda de bilhetes ou em cartazes, qual o bilhete correto para chegar a Paris e se esse bilhete ( que custa €9) serve para chegarmos de Metro ao nosso destino final em Paris. Com tudo isso sanado pegamos o RER ( uma espécie de trem de subúrbio) linha B3 até a Gare du Nord, onde encontramos um pandemónio! A estação estava cheia de policiais com fuzis, algumas zonas interditadas e pessoas chateadas por não poderem circular livremente nessa movimentadíssima estação. Não cheguei a descobrir a causa do problemas, mas suspeito de ameaça de terrorismo. Enfim chegamos à estação final da nossa jornada, Phillipe Auguste.
O apart-hotel Citéa Phillipe August fica a uns 130 metros da estação, não chegando a um minuto de caminhada. A recepcionista foi muito simpática, nos atendendo em um inglês muito fluente. Nos entregou o kit de limpeza para a cozinha e os códigos de acesso à Internet sem fios. O estúdio é pequeno, mas extremamente aconchegante, com tudo o que precisamos para passar uma temporada, com destaque para a funcional "kitchenette".
Ainda tivemos tempo nesse dia para fazermos umas compras no supermercado da rede Franprix que fica a 200 metros do apartamento. Fiquei impressionado com a quantidade de produtos de boa qualidade em um espaço que é corresponde à metade do tamanho do menor supermercado da Covilhã! Sem falar nos preços, que não são nada diferentes do praticados em Portugal. Depois de todo esse movimento nada melhor que uma boa noite de sono para recuperar forças para o primeiro dia de passeio.

sábado, 8 de outubro de 2011

Preparativo finais

Com a viagem marcada para sábado dia 8, os preparativos já se encontram na fase final. Com o deslocamento e a hospedagem arrumados, malas quase fechadas e roteiro estabelecido, praticamente só falta ir! Vou deixar  aqui algumas dicas para quem quiser preparar uma viagem e gostar de tecnologia:
1) Prepare um roteiro usando o Calendário do Google, pois além de ter tudo organizado, você terá acesso a ele através de qualquer dispositivo móvel ou desktop, o que ajuda quando lembramos que "aquele" passeio não pode ser feito naquele dia que imaginamos, pois o museu estará fechado. No meu caso, se não altero na hora o mais acerto é esquecer.
2) Se tiver acesso a smartphones e/ou tablets (em especial os da Apple) baixe alguma aplicações legais:
* RATP Pure : l'application officielle - Aplicação oficial do sistema de metrô de Paris. Permite progrmar percursos entre estações de metrô, ônibus e trem. Muito bom. É grátis.
* Paris: Guia de Viagem - Como o nome já diz, é uma guia da cidade. Sinceramente esperava mais deste aplicativo, mas é um quebra-galho. Não chega nem perto dos guias em papel Frommer's ou American Express. Os editores gabam-se que o gui foi escrito por moradores de Paris e não é constituído por informações retiradas da Wikipedia. Pois bem, as informações da Wikipedia são mais extensas e precisas! Custa barato (€ 2,99), mas fica no limite do que é considerada uma compra válida. Se não fosse pelo mapa e pela geolocalização dos pontos de interesse teria pedido o reembolso.
* Tradutor de Viagem - Como o nome diz é um tradutor que permite comunicar em 28 línguas. Excelente para aqueles que não pescam nada de farsi ou húngaro! Pode ser realmente útil quando não conseguimos encontrar a palavra certa. É relativamente caro (€ 7,99) mas tudo indica que compensa.
* Louvre Top 100 - É uma pequena aplicação com as 100 atrações mais famosas do Museu. Contém fotos e um pequeno resumo (em inglês) de cada uma. Só poderei dizer se vale a pena na próxima quarta-feira, dia em que iremos ao Louvre!
* My Airport - Uma aplicação bem legal dos Aeroportos de Paris, que informa horário de vôos, acesso aos aeroportos, informações práticas, etc. É outra que só testando é que saberei se funciona.
De qualquer forma essa aplicações se juntam a outras já existentes nos meus iPhone e iPad. Esta será a minha primeira viagem com a dupla e será uma prova de fogo. Será também a primeira vez que não levo um notebook para acessar a Internet, baixar fotos e assistir filmes e séries. Tudo isso será feito através do iPad. Vamos ver como corre.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Planejando o roteiro

Com 8 dias para passear em Paris, não poderemos nos queixar de falta de tempo para ver muita coisa. Eu não gosto do termo "conhecer" aplicado a uma cidade. Você nunca conhece realmente nem a cidade que mora, imagine uma que vai ficar 8 dias. Assim eu uso o termo passear, pois define melhor o que fazemos em uma cidade em tão pouco tempo. Seguindo essa vertente filosófica, eu não escolho as atrações a visitar pelo o que é "obrigatório" e sim por aquilo que me interessa. O problema é que muita coisa me interessa! Vamos por partes: Adoro história, portanto vou ver o máximo de monumentos onde a fatos históricos aconteceram, assim Versailles está no topo da lista, assim como o Hôtel des Invalides (vou tentear usar ao máximo versões originais dos nomes) onde enterrado Napoleão Bonaparte ou o cemitério do Père-Lachaise, onde estão enterrados muitas personalidades, como Charles Chaplin, Jim Morrison, Edit Piaf e tantos outros. Também sou apreciador de arte, logos os museus do Louvre (Leonardo, Donatello, Rafael, etc.), Orsay (Degas, Cézanne, Van Gogh, etc.) e Centro Georges Pompidou (Dalí, Kadinski, Munch, etc.) estão no topo também. Confesso que a Torre Eiffel Me atrai como monumento, mas nem tanto como visita, portanto há um "talvez" no que toca visita-la. Há também uma incógnita acerca da Disneyland Paris. Valerá a pena? Vamos decidir depois, mas está reservado um dia para ela. Tentei dividir as visitas por região, tentando andar ao máximo a pé, pois creio ser a melhor maneira de realmente "sentir" a cidade. O roteiro completo já está delineado, mas vou revela-lo a medida que formos cumprindo-o.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Viagem a Paris - Decidir a logística (Parte 2)


Continuando o planejamento da logística, vamos para o passo nº 3, ou seja:
Meio de transporte: Embora a distância entre Covilhã e Paris (1478 km) seja um pouco maior que a distância entre Natal e Ilhéus-BA (1417 km) e as estradas não possam ser comparadas, nem cogitamos ir de carro, pois o interesse é ver Paris e não fazer uma viagem à França. Um roteiro de carro demanda mais tempo e (incrivelmente) é mais caro! Um carro em estacionamento em Paris pode custar facilmente € 15 por noite, o que daria € 120 pelas 8 noites. Sem falar em combustível (€ 200 ida e volta) e portagens/pedágios (€ 160 ida e volta) e um hotel baratinho no caminho, pois não sou maluco de dirigir 14 horas seguidas sem dormir! (pelo menos mais € 120 contando ida e volta). Tudo isso levaria o custo do deslocamento a € 600. A isso temos que adicionar o fato de perdermos 2 dias em Paris, ou termos que tirar mais dois dias de trabalho, o que implicaria em menos tempo para ver as atrações ou mais custos. Dessa forma o avião foi o meio escolhido.
Só falta escolher a companhia... Como é óbvio procuramos em sites como o e-Dreams, Netviagens, Logitravel e descobrimos que a Easy Jet é a companhia mais barata a voar entre Lisboa e Paris. Mas há gato escondido nessa história! O preço é sem bagagem de porão. Portanto se acrescentarmos uma mala para cada pessoa, o preço fica superior ao da segunda colocada, a Air France (que já inclui a franquia deuma mala de 23 kg no preço). Assim sendo bye Easy Jet e Allez Air France!
Confesso que tenho um pé atrás com a companhia de bandeira francesa, pois nos últimos anos foi a única major europeia a perder aviões em acidentes (será por isso que é mais barata?), mas vou dar um voto de confiança. Se esse blog terminar abruptamente, a culpa foi da Air France.
Ah! Eu falei acima que procuramos nos sites de viagens, mas acabamos por fazer a reserva no site da Air France mesmo, pois era um pouco mais barato, visto que não precisam pagar comissão à agência virtual. Então o truque é procurar nos sites de viagens, mas uma vez escolhida a companhia, reserva no site desta.
Por último, onde ficar? Por experiências anteriores nós temos uma predileção por apart-hotéis, pois além de darem um ar mais de "casa" (e mais conforto também), permitem economizar em refeições em restaurantes, pois vêm equipados com uma pequena cozinha. Se adicionarmos isso a uma estada mais prolongada, temos uma escolha pronta. Vamos em busca de um apart BBB (bom, bonito e barato). Para isso recorremos ao utilíssimo Booking.com. Onde encontramos um apart-hotel com boa cotação dos utilizadores (7.9) e dentro do nosso orçamento, o Citéa Paris Philippe Auguste. Mas aqui também houve surpresa, e das grandes. Normalmente confio que o Booking.com tem os melhores preços, às vezes mais baixos que os do site do hotel, mas ao fazer uma visita ao site do Citéa Paris Philippe Auguste, verifiquei que eles têm uma tarifa mais baixa (10 % de desconto) para estadias acima de 7 dias, o que é o nosso caso. E a diferença era de € 88 (quase paga a nossa entrada na Disneyland Paris!). Imediatamente fiz uma reserva no site do hotel, que ainda tinha vagas (ao contrário do site do Booking que dizia que o hotel estava esgotado). A discrepância de vagas é aceitável, pois o hotel não fornece todos os quartos para sites ou agências, mas a difernça de preços foi um duro golpe à minha no Bookig.com. Quando a reserva mais barata foi confirmada, cancelei a do Booking.com (explicando a razão), sem custos de cancelamento.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Viagem a Paris - Decidir a logística (Parte 1)

Escolhido o destino (passo principal!) é preciso decidir período da viagem, tempo de estada, meio de transporte e modo de alojamento, ous seja a logística inicial. Vamos por partes:
Período da viagem: Os melhores meses para se viajar na Europa são Maio e Outubro, que são os meses imediatamente antes e depois do Verão, respectivamente. As razões são muitas: Já (ou ainda) não há a "enchente" de turistas de Verão, portanto é um pouco mais tranquilo ir a museus, monumentos, restaurantes, etc. No verão os europeus vão de férias, portanto você não vai ver a vida normal da cidade, e sim hordas de turistas. A maioria dos teatros, óperas, casas de espetáculos e congêneres não funcionam no Verão, portanto desista de ver Rigolleto na Opera de Viena em Agosto! Por último, mas não menos importante, os preços de alojamento e passagens sofrem uma pequena queda, em virtude da menor procura nesses meses. Dito isso, fica claro que Outubro foi o mês escolhido, pois não iria planejar agora uma viagem para Maio de 2012!.
Tempo de estada: Paris, Roma e Londres formam a tríade de cidades em que uma semana é o tempo mínimo para se poder ver um pouco do que a cidade tem para oferecer. Essa conversa de que você consegue conhecer os pontos básicos dessas cidades em um tour de 1 ou 2 dias é balela. Vá por mim, se você tirar menos que uma semana para essas cidades verá apenas flashs. A não ser que umas fotografias externas do Coliseu e uma filmagem da troca da guarda no Palácio de Buckingham para mostrar aos amigos seja o seu conceito de turismo. Outras cidades europeias precisam de menos dias, por exemplo: são de bom tamanho 5 dias para Madrid, 4 para Barcelona e Lisboa, 3 para Praga e Viena, etc. Para não ficar nada por ver escolhemos estar 9 dias/8 noites em Paris.

Viagem a Paris

Depois de 15 anos a viver em Portugal, finalmente decidimos visitar a Cidade Luz. Não houve uma razão objetiva para não ter ido antes, simplesmente não "calhou"(como se diz aqui). Vou aqui no blog descrever os preparativos, os percursos e as lições desta viagem. Vou usar intensivamente os recursos tecnológicos disponíveis para planejar e auxiliar esta viagem. Da reserva pela internet ao guia no iPad, essa será certamente uma viagem digital. Se for útil a algum viageiro geek já terá valido a pena.